Os membros da Academia Francana de Letras (AFL) se reuniram na noite de quarta-feira, 14, na Casa da Cultura e do Artista Francano, para deliberar sobre a renomeação dos patronos de duas de suas cadeiras. O objetivo era dedicar a honraria a escritores francanos ou com ligação expressiva com a cidade. Ao final do encontro, ambas as mudanças foram aprovadas.
Uma das cadeiras renomeadas foi a de número 2, cujo patrono era Aluísio Azevedo (autor de “O Mulato”, “Casa de Pensão” e “O Cortiço”) e agora é Franc de Paulicéa (Francisco de Paulicéa Marques de Carvalho), considerado o primeiro poeta francano.
A outra, de número 15, tinha como patrono o escritor Euclides da Cunha (de o clássico “Os Sertões”) e os imortais francanos agora transferiram a distinção para a escritora, antropóloga, folclorista e pedagoga francana Marina de Andrade Marconi. Ela é muito conhecida nos meios acadêmicos por suas obras de metodologia científica.
Ambas as cadeiras estavam vacantes, o que permitiu a transição. “É uma norma estatutária: toda vez que a cadeira está vaga e o patrono ou patronesse não tem vínculo efetivo com Franca, nós fazemos a proposta de renomeação. Os nomes propostos hoje tem mais vínculo do que os patronos anteriores. No caso de Franc de Paulicéa, foi um resgate cultural e histórico que fizemos”, explicou o presidente da AFL, José Lourenço Alves.
José Lourenço acrescentou que sua gestão como presidente vai até agosto deste ano. Até lá, não haverá tempo hábil de abrir um novo processo seletivo para a escolha de escritores francanos que ocupem as duas vagas em aberto. Será uma tarefa, então, para a nova gestão, que se inicia no início de setembro.