O hall de entrada da Secretaria de Educação de Franca foi palco nos últimos dias, da 1ª Exposição ‘Guardiões de Memórias’, resultado de um trabalho coletivo envolvendo 38 educadores de arte e alunos da rede municipal sobre a cultura Afro-Brasileira.
A mostra encerrada nesta quarta-feira, 13, reuniu uma coletânea de trabalhos retratando temáticas pertinentes à cultura Africana e Afro-Brasileira, sua história, levando os visitantes a uma viagem no tempo, conhecendo com mais profundidade o assunto em suas múltiplas perspectivas.
O prefeito Alexandre Ferreira visitou a exposição, acompanhado pelo escritor e poeta Carlos de Assumpção e a equipe coordenadora de Artes da Rede Municipal.
Encantamento
A gestora da Escola Estadual ‘Michel Haber’, no Jardim Paulistano, Katieli Silva Fonseca, esteve à frente de um grupo de professores, visitando a exposição e disse ter ficado encantada com a riqueza dos trabalhos.
Segundo ela, foi uma grata surpresa, pela primeira vez, vista na prática com ações concretas, unindo Arte, Cultura e Educação, dialogando com a Lei Federal (10.639), que estabelece o ensino da História Africana e Afro-Brasileira nas escolas.
O professor Carlos de Assumpção classificou a mostra como algo de grande significado, considerando que até pouco tempo não se falava em racismo e nem na causa das pessoas negras.
“É um projeto que vai mudar Franca para melhor, propiciando um ambiente de harmonia e felicidade entre as pessoas e levar isso para as crianças ajuda a conscientizá-las desde cedo”, comentou.
Também emitiram opiniões a respeito da exposição, Magno Antônio Facirolli, professor de História e Filosofia, que acompanhou a equipe da escola que estava visitando à mostra, realçando a importância da iniciativa, o papel junto aos estudantes e comunidade em geral.
Diana Gomes e Natália Ricci, coordenadoras de Artes da Rede Municipal, traçaram um histórico deste projeto, observando que antes foi desenvolvido “Nacuã”, sobre a temática dos povos indígenas, suas origens e papel no desenvolvimento da economia e cultura do país.
“Guardiões de Memórias veio num segundo momento, um desafio que todos abraçaram, diretores, os primeiros a participarem de uma formação a respeito do tema, os professores e os alunos”, explicaram.
Junto com os estudos, foram feitas pesquisas em salas de aula conduzidas pelos 38 educadores, com o envolvimento dos estudantes da rede.
Com entrada gratuita, o espaço ficou movimentado nestes últimos dias, recebendo visitantes de escolas e dos demais segmentos.